O TEMPO COMO ESTAMPA HOLOGRAFICA
Essa singela imagem dos tempos áureos de Hollywood merece considerações. Naquele instante a dupla Lewys/ Hepurn era o centro do mundo, o instante mais cool daquele dia, daquela hora,daquele
minuto, televisionado para milhões de lares. Mas aquele instante, assim como a
duração do beijo , já faz parte do passado de toda uma realidade, como também foi
o futuro de tudo o que ocorreu antes dele. Então não se iluda, NÓS somos o
passado de alguém e sempre seremos, indefinidamente, como também já fomos o
futuro até o momento em que você lê esse texto. Com as devidas analogias, se
todo passado já foi um futuro e todo futuro também já é um passado de um
observador (que por sinal também está na mesma situação de passado/futuro) significa
que o tempo efetivamente não existe, não “ corre” como estamos acostumados a pensar, estando
passado, presente e futuro todos mesclados no Agora. Mas a encantadora Audrey
nos deixou em 2013!!!,- poderia alguém redarguir,-: então como o tempo não existe,
se para ela passou do mesmo modo para todos, com a velhice e o evento morte?
Isso nos remete ao nosso estado holográfico da realidade tridimensional, onde todo
o passado, presente e futuro estão estampados em um continuum de informações já impressas e da qual não há
possibilidade de mudança.Efetivamente Jerry e Audrey “estão lá” ainda e para
todo o sempre. Mas tal vai ao contrario de especulações evolutivas ? Acredito
que não , posto que mesmo sendo imutável, o futuro apresenta-se como o
resultado das somatórias dos eventos passados e “presentes”.O passamento da
encantadora atriz somente corrobora a necessidade da existência de um estado “além
do tempo” onde já não mais se está preso
ao continuum inexorável da realidade
holográfica. Essa realmente não pode ser rompida, cortada ou apagada e muitas
vezes somente registrada, como neste clip do beijo, mera captação da luz do
momento nas câmeras de televisão dos anos 50 ,e mesmo assim aquele dia já foi
um “presente” e agora nós consideramos
já como um longínquo passado. E o nosso futuro? Como nós seremos representados
daqui a dezenas de anos? Certamente já somos o passado de alguém, mas este alguém
estará vivo para lembrar de algo ou para nos maldizer?
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